sexta-feira, 24 de outubro de 2008

HOJE - PRIMEIRO AMOR - É PERMITIDO VIVE-LO?




PRIMEIRO AMOR

Éramos adolescentes a descobrir o amor
Tínhamos um caminho traçado
Que nos levaria à felicidade
Nossos corações pulsavam em harmonia.
No fundo de nossos olhos
O encontro acontecia.
Cada toque, por mais singular que fosse,
Era carregado da mais refinada expressão do amor.
Amor que crescia, silencioso.
Revelado em pequenas frases:
“Eu amo você, menina...”
“Eu amo você”
A mais fiel testemunha
Que tudo confirmaria
Talvez não exista mais...
Aquele velho violão!
Por mais que tentemos esquecer.
“Detalhes tão pequenos de nós dois”
São fantasmas que aparecem
Nas noites de solidão.
Nossas vidas foram cortadas.
Interceptado o nosso destino!
E aquele rosto de menino
Transformou-se num amargo e triste semblante.
Estamos sós
Cada um calado em seu canto.
Somos o que não fomos
E mais uma vez nos enganamos
Fingindo que somos felizes.
Beijos que não beijamos.
Carícias que não trocamos.
Amor que não amamos.
Saudades...
Saudades de quê?
Somos dois pólos distantes
Separados pelo abismo que se formou
Pela incapacidade de percebermos.
Nossas vidas estavam seladas
Éramos um e não entendemos
Ofertamos nosso amor a pessoas erradas
Chegamos a pensar que éramos felizes,
Entregando nossos corpos
Construindo nossas vidas
Em castelos de areia.
Estamos sós
E continuamos nos enganando
Fingindo que somos felizes.

Será que demos à Eloá o direito de viver de verdade o seu primeiro amor?
Que tipo, informação. Que tipo de pressão é despejada na cabeça de nossos jovens e adolescentes e até das crianças todos os dias?
Quais os interesses estão por trás da mídia?
A quem interessa a inversão de valores e a desintegração da família que gera a promiscuidade, a violência e a morte?
A quem interessa as tragédias, hoje palco de míseras platéias que sustentam o ibope?
PENSE

Poemas do livro- Mulher o axé do criador

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Homenagem a Nossa Senhora Aparecida




PRECE A MÃE APARECIDA




Mãe Aparecida!
A Senhora quem escolheu ser a padroeira do Brasil
Ao deixar-se encontrar nas águas do Rio Paranaíba.
Negra, negra e poderosa!
Negra e misericordiosa!
Negra e mãe de todo aquele que acredita no milagre da tua proteção.
Olha, mãe Aparecida, por todos os teus filhos!
Mas, peço de um modo especial pelo teu povo negro.
Este povo que foi arrancado de seu berço africano.
Lá na África, mãe!
Dentro da cultura africana
Cada homem tinha a dignidade de um rei.
Cada mulher a dignidade de uma rainha.
Aqui o povo negro foi reduzido à condição de escravo.
Também peço Mãe querida, Pelos idosos e pelas idosas!
Em muitas culturas os anciãos são tratados com muito respeito e reverência.Os mais jovens buscam neles sábios conselhos.
São ouvidos e honrados pela experiência e sabedoria que adquiriram com os anos vividos.
Aqui o idoso é tratado como algo descartável. O que se usa e joga fora.
Estão sozinhos apesar do grande número de parentes ao seu redor.
A maioria deles sofre as conseqüências dos trabalhos e lutas para edificarem uma família; Grande número de filhos, Trabalho pesado injustiça social, exploração,
Condição precária de assistência ou prevenção à saúde.
Hoje velhos, doentes , incapacitados, deficientes...
São ridiculamente desprezados.
Restaura Mãe querida!
A dignidade, o valor, a auto-estima.
A alegria, O canto a poesia.
A fé reprimida em cada brasileiro!

Do livro- Paralelos sociais – www. cidaaraujo2007poetisa.blogspot.com