terça-feira, 28 de maio de 2013

Depoimento de um jovem sobre o livro NO COLO DE DEUS



Cida, peço a Deus que os crucificados de nossos dias encontrem em Deus o colo e o amor que às vezes tanto nos falta, que às vezes com a melhor das intenções acabamos por lhes impedir de encontrar n’Ele quando queremos ensinar sobre Deus, pregar sobre Deus e assim nos afastamos e esquecemos de Sua vida, de Sua prática e de Sua opção pelos últimos. Sendo excluída você sabe com propriedade o que é estar no colo de Deus.
Que Deus nos abençoe.
Bruno Márcio - 10/05/2013                

Deus acolhe os rejeitados, os desprezados e os fracos. O Deus neste livro é o Deus de Maria no Magnificat, dispersou os soberbos, derrubou os poderosos dos seus tronos e continua infinita e misericordiosamente exaltando os humildes.

O titulo do livro já diz muito do seu conteúdo “No Colo de Deus”.
Sempre se fala muito sobre Deus. E que Deus este livro nos mostra?
Mostra um Deus que dá colo, um Deus que acolhe, um Deus que ama, perdoa, redime e por amar, cura.
 Que leitura confortante e alentadora eu tive ao encontrar e saborear estes poemas frutos de uma vida, de uma experiência humana e mística, uma experiência real e sagrada de encontro com o Deus de Jesus de Nazaré.
 Sinto nestes poemas a cara e a coroa. O verso e o reverso. Sinto o calor do acolhimento e a dor da incompreensão como desconcertantes faces de uma mesma e confusa realidade.
Só sabe o que é ser acolhido, ter um colo, quem um dia foi rejeitado, ficou a margem e andou sem amparo. Acolhimento e rejeição estão presentes neste livro. Penso que a experiência de exclusão, de sofrimento e de opressão foi a que encaminhou essa escritora para o encontro de um Deus que acolhe, pois assim como nos tempos do Jovem de Nazaré, Deus continua Deus de todos e para todos.
Um Deus que vem para os pecadores, para os doentes, para os necessitados, para os excluídos e marginalizados. Esses sabem que Deus é amor, pois é assim que são atraídos a Ele e por Ele, esses souberam de Deus não pela boca de outros, e não porque alguém os contou um dia, mas sim porque é assim que o conhecem, é assim que o experimentam.
Lendo seu livro Cida lembro que Jesus se apresentava como o caminho que leva ao Pai. Nas palavras de Jesus não há outro caminho para o Pai se não Ele. Seguir os passos do jovem de Nazaré, do menino da manjedoura, do jovem educado por Maria e por José, um carpinteiro, trabalhador justo e fiel, é seguir o caminho do encontro do humano e o divino. Deus se torna homem e habita em nosso meio, vive conosco, nos ensina e se entregando na cruz, permanece conosco em espírito e em verdade.


Hummm... Como Renato Russo um dia cantou, assim também seguimos buscando a cada dia melhor entender esse Deus que ao mesmo tempo é três.
Quem me dera ao menos uma vez,
Entender como um só Deus ao mesmo tempo é três
E esse mesmo Deus foi morto por vocês
Sua maldade, então, deixaram Deus tão triste.” (Índios – Legião Urbana)

Cremos, sentimos, mas não entendemos. Deus nos escapa, por isso reverenciamos a Ele. Devíamos todos os dias o tirar da cruz ao redimir, ao libertar aqueles pelos quais Ele veio a esse mundo e deu a Sua vida. E infelizmente, nem sempre conseguimos fazer isso. E matamos Deus, O crucificamos cada dia novamente. Se Deus vive em nós, também podemos matá-lo ao matar um de nós, que é a Sua morada.


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